Não sou de desistir das coisas. Não sou de me conformar com o que não me agrada. Não sou de ficar satisfeita com coisas que acabam e que deveriam e poderiam continuar.
Agora, não quero me conformar e não quero desistir. Mas talvez seja preciso. Talvez seja melhor. Talvez seja inteligente e saudável fazer isso.
As coisas mudaram. Engraçado, para mim elas sempre mudam. E parece que nada fica bem por muito tempo. Nada fica do jeito que eu quero ou me sinta bem por muito tempo. Não sei também pra que existe tempo e passado. Acho que nunca vou aprender a lidar com ele.
Ele quem? Por que é mais forte que todas as coisas e pode acabar com as coisas assim como pode construir tudo?
Sempre sigo a minha vontade. Ou pelo menos tento fazer isso. Acho que se é minha vontade, é o melhor pra mim. Mas por que eu mesma acho errada essa minha vontade e às vezes ela me prejudica? Mas a verdade é essa. Eu tenho vontade de tentar reconstruir, de tentar vencer, convencer, aceitar, mudar e ser feliz. Mas não é nada fácil.
A realidade agora é outra. Mudou, passou, sumiu, acabou. Tenho que aceitar. Ou não. É, talvez eu realmente não tenha que aceitar que mudou, passou, sumiu e acabou. Por que fazer isso se eu sei que posso tentar mudar, voltar, aparecer e reiniciar?
Eu não acredito em fins tão rápidos. Não acredito que toda uma força, possa acabar tão rápido. Se não, não era tão forte. Mas se tem toda essa força sobre mim, tem por que tentar. Tem por que não aceitar e não me conformar.
Eu fiz uma série de escolhas erradas que me fizeram feliz. Fiz uma série de escolhas erradas que me levaram a mais escolhas erradas e dolorosas que agora eu não quero voltar para acertar. Quero apenas viver e ser feliz com as escolhas erradas que fiz, porque foram elas que me deixaram ser feliz e continuar. Foram por essas escolhas erradas, que eu não deveria ter feito, que eu vivi os dias mais importantes da minha vida. Elas pareciam dolorosas, foram difíceis de escolher, mas vejo que não consigo viver longe delas, longe das minhas escolhas do passado. E eu fico mal de pensar que agora não depende de minha escolha, que não depende mais de eu escolher certo ou errado, não depende mais de mim.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Aconteceu
É difícil de acreditar e difícil de dizer. Mas eu não existo mais. Meu corpo ainda está aqui, as pessoas ainda me vêem, me sentem, me escutam e eu ainda escuto elas. Mas o que há dentro de mim, morreu, ou pelo menos parece não ter mais sentido.
Não sei se isso vai passar, ou se vai ficar pra sempre. Acredito que não. Mas o que eu faço enquanto essa dor não termina?
É difícil de acreditar que o tão temido aconteceu, e é difícil aceitar que talvez não tenha volta que as coisas mudaram e que talvez não mudem de novo.
Minha cabeça ainda dói pelo tanto que chorei. Mas dói mais por saber que ainda vou chorar mais.
Eu não tenho mais força. Toda a força que eu tinha, vinha dele. Não tinha tristeza que superasse o amor por ele e não tinha dia triste quando pensava nas coisas boas.
Todos os momentos ainda estão na minha memória e não faço questão de me lembrar deles, mas ainda me lembro. Não quero que eles vão mas também não quero que eles fiquem. Lembranças são a única coisa que me restam e não sei se me fazem bem.
Eu ainda posso estar sorrindo, posso estar vivendo, posso estar falando, conversando e às vezes dando uma gargalhada. Mas por dentro, por trás disso tudo, ainda tem aquela tristeza que faz eu me lembrar, e aquela lembrança que faz eu entristecer, e aí, eu vejo que todos os momentos de felicidades que eu tenho agora, não são profundos, são passageiros, e que não me garantem felicidade.
E pensar que alguém ou alguma coisa me tirou o que era profundo, e não era passageiro, e que me garantia felicidade. Mas o que eu sinto ninguém me tira.
A história nunca acaba. Só tenho medo que ela seja esquecida.
O tempo vai passar, as coisas vão se apagando e tudo que eu sentia não vai mais fazer sentido. Tudo que eu investi, mudei, acreditei, amei, vai ir assim, tão insignificantemente como se não tivesse sido nada e como se fosse fácil de deixar. Fácil é a única coisa que não é.
O que eu sinto ainda é maior que essa tristeza, que esse vazio, que essa parte que está faltando. Eu não sei o que é que eu faço e eu tenho medo. Só medo. Medo de não ter mais motivos pra ter esperanças, medo de que acabe de vez, medo de acreditar que seja melhor assim.
Não sei se isso vai passar, ou se vai ficar pra sempre. Acredito que não. Mas o que eu faço enquanto essa dor não termina?
É difícil de acreditar que o tão temido aconteceu, e é difícil aceitar que talvez não tenha volta que as coisas mudaram e que talvez não mudem de novo.
Minha cabeça ainda dói pelo tanto que chorei. Mas dói mais por saber que ainda vou chorar mais.
Eu não tenho mais força. Toda a força que eu tinha, vinha dele. Não tinha tristeza que superasse o amor por ele e não tinha dia triste quando pensava nas coisas boas.
Todos os momentos ainda estão na minha memória e não faço questão de me lembrar deles, mas ainda me lembro. Não quero que eles vão mas também não quero que eles fiquem. Lembranças são a única coisa que me restam e não sei se me fazem bem.
Eu ainda posso estar sorrindo, posso estar vivendo, posso estar falando, conversando e às vezes dando uma gargalhada. Mas por dentro, por trás disso tudo, ainda tem aquela tristeza que faz eu me lembrar, e aquela lembrança que faz eu entristecer, e aí, eu vejo que todos os momentos de felicidades que eu tenho agora, não são profundos, são passageiros, e que não me garantem felicidade.
E pensar que alguém ou alguma coisa me tirou o que era profundo, e não era passageiro, e que me garantia felicidade. Mas o que eu sinto ninguém me tira.
A história nunca acaba. Só tenho medo que ela seja esquecida.
O tempo vai passar, as coisas vão se apagando e tudo que eu sentia não vai mais fazer sentido. Tudo que eu investi, mudei, acreditei, amei, vai ir assim, tão insignificantemente como se não tivesse sido nada e como se fosse fácil de deixar. Fácil é a única coisa que não é.
O que eu sinto ainda é maior que essa tristeza, que esse vazio, que essa parte que está faltando. Eu não sei o que é que eu faço e eu tenho medo. Só medo. Medo de não ter mais motivos pra ter esperanças, medo de que acabe de vez, medo de acreditar que seja melhor assim.
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