domingo, 29 de agosto de 2010

Quanto mais leio,
Mais vejo,
Que sou só mais uma.
Mais uma tentando diferenciar
O não lembrar
Do esquecimento!
Alguma diferença tem...
Ah, tem!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

06:50 da manhã de sexta

E detalhadamente eu acordo, como todo mundo. Acordo e meus olhos tem medo de ver o dia e vontade de ficar no escuro. Acordo com um sentimento que aperta meu coração, que sente um amargo, parece que vai cair pra fora do peito! Mas ele fica... Fica bem vivinho no peito, batendo pra lembrar que está ali... Mesmo que esmagado, mesmo que sentindo que hoje, não vai ser um dia bom.
E veja só! Há tempos que não tenho essa certeza! Minha vida que, tão acostumada, já não vê mais surpresas em nada! Porque nada mais é previsível, não se sabe mais nada, antes do acontecido! As surpresas são tantas, que já não são mais surpresas! Porém, hoje, meu coração aperta, provando que ainda tem alguma coisa que me avisa. E se hoje, o dia não for um morango, eu vou lembrar que de manhã eu já sabia como seria.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

E fui empacotando,
Todos os meus desejos,
Em letras, palavras e frases...
Até que esqueci,
Até que não adiantou lembrar.
E lê-los, agora,
Não faz mais nenhum sentido...
Ele podia repetir a mesma palavra,
Umas cinco, seis vezes...
Que ele repetisse mil!
A palavra sempre pareceria nova...
E o som desta, sempre tão quente!
Ele olhou pela janela.
As árvores conversavam com ele.
O céu não dizia nada,
Além de que ia chover.
Mas as árvores...
Elas gritavam!
A água que viria
Era mais escura que aquele céu.

domingo, 15 de agosto de 2010

Não deixa
Isso morrer em mim,
Por favor!

Amor que se apaga,
Não se acende mais!

E se a luz apagar,
Meu bem,
Não vou conseguir te ver no escuro.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Mas veja só!
Parece que foi ontem!
Uma coisa me preocupa:
Será que não foi ontem mesmo?

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Um desabafo

Hoje eu me senti feliz porque eu me senti em casa. Notei que o que faz parte da minha rotina, já está muito bem aceito por mim. Notei que eu precisava de alguma coisa que faltava e aquela coisa estava lá, hoje eu achei. Porque precisamos depositar a nossa capacidade de fazer coisas em algum lugar, e nas férias isso quase não é possível. Esse lugar é o meu colégio. O meu novo colégio que já não é mais tão novo, porém, mesmo assim, a cada dia vem sendo uma experiência nova. Para ver como o ser humano se adapta! Há uns meses eu estava me descabelando por aí, com saudade dos meus antigos hábitos... Ah, sim! Há saudade, uma saudade imensa! Uma saudade boa, que dá vontade de voltar mas que também dá vontade de ficar. O que quero dizer é que, se agora eu fosse, eu ia sentir saudade de agora também. E isso é bom. A gente se adapta à tudo. Por isso que eu evoluo, tu evolui e a gente ta aqui. Por maior que seja a mudança, a decepção, as grandes portas que abrem à nossa frente, a gente sobrevive bem.
A vida está em constantes mudanças. E a gente vive para adaptar-se à elas. Simples. Ou talvez por ser simples, não seja tão simples assim.