segunda-feira, 26 de abril de 2010

Quando escrevo,
É como se eu me encontrasse
Em todos os lugares do mundo.
Mas é tão bom,
Voltar e ver,
Que sou tão feliz aqui!
Com um papel e uma caneta.

Dezenas?

De dez em dez,
Dias eu escrevo.
Escrevo os dias,
De dez em dez.
Escrevo, então,
De dez em dez dias.
E são nessas vinte e quatro horas,
Que eu respiro de verdade.
As outras tantas,
Alimento-me do que restou,
Uns pontos e umas vírgulas...

Sussurros e cochichos!

Posso vê-los quando escrevo.
E me dá a sensação,
De que o sol,
O vento e a chuva...
Observam-me e me contam
Mais algumas coisinhas sobre eles.
Um barquinho,
Solto,
Em uma tempestade em maré alta.
É um grito de solidão,
No meio de tantas agonias,
De tantas beiradas à morte!
O que dói mais?
Quase morrer ou não dar bola pra isso?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Meu papel em branco

Quintana,
Não me é triste
Quando calam minhas palavras.
O que me preocupa é outra coisa.
Não acho em teus livros,
Nem em tuas páginas soltas.
Teve também, algum momento,
Sem ter palavras a calar?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Além de tudo isso!

Todo mundo têm.
E ainda acham,
Que o mundo gira em torno disso.
E quem não têm,
É que sabe,
Que o mundo é muito maior,
E muito mais bonito,
Pra girar em torno de um umbigo!