Eu ando enjoada. Não, não é isso. Eu ando enjoando fácil das coisas. Do que eu escrevo, das músicas, do frio, dos meus dedos congelados, da escola, das pessoas ou de uma pessoa.
Tenho enjoado do fim de semana, dos dias de semana, da vida, da morte, do sol, da chuva, da vida, de novo. E de novo, e de novo.
É normal? Normal notar que a vida se repete e a gente tem que achar graça todos os dias?
Não to conseguindo achar mais.
E eu procuro, e procuro.
terça-feira, 22 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Mais um desses
Eu sei que eu não sou a primeira pessoa a escrever isso, mas me contento em ser a segunda, ou a quinta pessoa. Não escrevo sobre sentimentos que só eu tenho.
“Hoje eu quero sair só.” O Lenine mais uma vez está certo, porque às vezes parece que a gente deu um nó.
A gente dá vários nós pela vida, e também desata eles. Atando e desatando a vida vai acontecendo e se desencadeando em um esperado final, se não feliz, pelo menos completo. A gente vai procurando o complemento, o significado, alguns sorrisos e algumas lágrimas. Às vezes sentimos saudades até de chorar, mas quando a saudade é de sorrir é porque algo está errado. E é normal alguma coisa estar errada. Nunca tudo está certo. Nunca tudo é perfeito e a palavra perfeito não deveria existir, já que nada tem a honra de ser abençoado pela tal palavra.
Agora me inspirei. Até me sentei direito para não doer às costas. Se para você, a dor de ler é muita, não precisa não. Nem todo mundo sente ou gosta do que eu escrevo.
Eu sempre refleti muito sobre as coisas, sobre a vida, a minha e a dos outros. Já refleti sobre a minha vida em relação aos outros, vice-versa, e também sobre a importância da minha vida, seja ela para o mundo ou para outros habitantes. Com isso, algumas vezes chego a parecer louca, viajada, deprimida e sem nada pra fazer. Isso é um grande problema: pessoas adoram rotular. Colocam rótulos, geralmente, em coisas que não entendem. Um assunto ou uma atitude nunca é tão simples para ser rotulada em uma palavra, em um adjetivo, ou até mesmo em um gesto. Tudo merece um tempo para ser considerado, ou não ser considerado. Rotular é muito fácil, é muito simples, é muito nada. Quem rotula é burro. Isso seria rotular, não seria? Rótulos são para quem vive de momento, para quem só capta o momento e não tem capacidade para repensar sobre algo que já passou.
Voltando ao Lenine (já disse isso em algum texto antes, mas Lenine é Lenine). Às vezes eu tenho vontade de sair só, que nem ele, que nem todo mundo deve ter. Voltando do colégio me dá vontade de ficar perambulando pelo meu bairro, que é quietinho, perigoso, mas quietinho. Tem sol, tem chuva, tem nuvem e tem vento. É bonito. É cinza chumbo quando não é amarelo, mas às vezes está azul. O tempo muda e em todas as estações eu tenho vontade de ficar perambulando, me entregando ao pouco das árvores que sobraram na cidade. Trágica. O bairro tem muitas árvores.
São nesses poucos passos voltando para casa que eu penso o quanto a vida é simples e a gente complica tanto. Vai ver é isso, complicar pra não enlouquecer. Ou enlouquecer um pouco para não enlouquecer demais. Porque se for pensar, tudo é meio louco mesmo. Se for pensar, pensar mesmo, você fica pensando até nunca mais parar. O negócio é viver. Às vezes, sim, filosofar. Mas eu filosofo demais. E sim, eu comecei uma frase com “mas”.
Não quero terminar o texto.
“Hoje eu quero sair só.” O Lenine mais uma vez está certo, porque às vezes parece que a gente deu um nó.
A gente dá vários nós pela vida, e também desata eles. Atando e desatando a vida vai acontecendo e se desencadeando em um esperado final, se não feliz, pelo menos completo. A gente vai procurando o complemento, o significado, alguns sorrisos e algumas lágrimas. Às vezes sentimos saudades até de chorar, mas quando a saudade é de sorrir é porque algo está errado. E é normal alguma coisa estar errada. Nunca tudo está certo. Nunca tudo é perfeito e a palavra perfeito não deveria existir, já que nada tem a honra de ser abençoado pela tal palavra.
Agora me inspirei. Até me sentei direito para não doer às costas. Se para você, a dor de ler é muita, não precisa não. Nem todo mundo sente ou gosta do que eu escrevo.
Eu sempre refleti muito sobre as coisas, sobre a vida, a minha e a dos outros. Já refleti sobre a minha vida em relação aos outros, vice-versa, e também sobre a importância da minha vida, seja ela para o mundo ou para outros habitantes. Com isso, algumas vezes chego a parecer louca, viajada, deprimida e sem nada pra fazer. Isso é um grande problema: pessoas adoram rotular. Colocam rótulos, geralmente, em coisas que não entendem. Um assunto ou uma atitude nunca é tão simples para ser rotulada em uma palavra, em um adjetivo, ou até mesmo em um gesto. Tudo merece um tempo para ser considerado, ou não ser considerado. Rotular é muito fácil, é muito simples, é muito nada. Quem rotula é burro. Isso seria rotular, não seria? Rótulos são para quem vive de momento, para quem só capta o momento e não tem capacidade para repensar sobre algo que já passou.
Voltando ao Lenine (já disse isso em algum texto antes, mas Lenine é Lenine). Às vezes eu tenho vontade de sair só, que nem ele, que nem todo mundo deve ter. Voltando do colégio me dá vontade de ficar perambulando pelo meu bairro, que é quietinho, perigoso, mas quietinho. Tem sol, tem chuva, tem nuvem e tem vento. É bonito. É cinza chumbo quando não é amarelo, mas às vezes está azul. O tempo muda e em todas as estações eu tenho vontade de ficar perambulando, me entregando ao pouco das árvores que sobraram na cidade. Trágica. O bairro tem muitas árvores.
São nesses poucos passos voltando para casa que eu penso o quanto a vida é simples e a gente complica tanto. Vai ver é isso, complicar pra não enlouquecer. Ou enlouquecer um pouco para não enlouquecer demais. Porque se for pensar, tudo é meio louco mesmo. Se for pensar, pensar mesmo, você fica pensando até nunca mais parar. O negócio é viver. Às vezes, sim, filosofar. Mas eu filosofo demais. E sim, eu comecei uma frase com “mas”.
Não quero terminar o texto.
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