domingo, 26 de setembro de 2010

Domingo é um dia que dói.
Dormingo. Dor de dormir.
Dormir pra não doer.
O domingo traz o que se pode esquecer
durante a semana.
Trás o sono que trás o sonho.
O perigo do sonho,
que é bom mas é mentira.
Acordar no domingo dói mais
do que acordar na segunda.
O domingo, para as minhas mãos e minha alma,
dá vontade de escrever.
Não consigo.
Porque o domingo dói,
mas dói tanto,
que faz questão de deixar
todas essas palavras dentro de mim.
Essas palavras grandes, pesadas
e doloridas.
Dor de domingo nunca se cura,
essa dor na garganta que volta sempre,
de sete em sete dias.

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