sábado, 27 de agosto de 2011

Hoje abri meus braços
quase do tamanho de um raio de sol.
Alguns se incomodaram com a minha luz,
alcancei e consegui dar uns tapas na cara.
Fingir que o tempo não passa,
é uma tentativa sem sucesso de se manter jovem.
A juventude não é mantida pelo tempo,
e sim pela alma.
Não são ponteiros de relógio,
que te impedem de viver.
Morrer de amor é o jeito mais vivo de se viver.

domingo, 21 de agosto de 2011

Quem não lê corre perigo de conhecer só esse mundo.
Eu estou leve porque escrevi.
Eu escrevo porque crio asas.
Não que já tenha visto o céu lá de cima...
Mas poder imaginar já é uma dádiva.
Detalhar o que nunca se viu,
É uma forma de sonhar.
Escrever sobre um som que nunca se ouviu,
Mas se fazer acreditar.
Escrever é como trabalhar os sentimentos mais bonitos e os mais feios do peito.
É intensificar cada um de um jeito, que parecem criar uma vida própria.

A grande família

Meu pai fala da simplicidade.
Minha mãe diz sobre a vida.
Eu ouço o som de suas vozes.
E imagino uma despedida.

Uma filha há tempo se foi,
a outra agora há pouco.
Minha vez então não demora,
a deixar essa casa de louco.

Todas já reclamaram,
todas quiseram sair.
Mas as duas que foram,
voltaram.
E ainda voltam,
mesmo que tenham de ir.

Meu pai é todo orgulhoso.
Ver as filhas sair do ninho.
A mãe a mesma coisa,
mas sempre com saudade do carinho.

A minha hora então vai chegar,
ainda que eu tenha de esperar.
Aí quero ver o sufoco,
de a última filha deixar.

Então vem a imagem
de ver essa casa vazia.
Os quartos em que já bati na porta,
quando tinha medo,
sem nenhuma resposta tranquila.

Como é deixar uma casa,
onde se aprendeu quase tudo que se sabe?
Onde todo mundo sempre se preocupou,
em deixar o pensamento à vontade.

Ando tentando tirar fotos!


Do contraste de uma esquina,
pode-se ver a flor.
Um telhado de zinco que imita,
O amarelo natural da sua cor.

sábado, 20 de agosto de 2011

Quando a morte chegou

Da morte que te chamas
Nunca te vi fugir.
Do calor da tua cama,
Eu nunca pensei em sair.
Um dia eu era bela,
Sorria para ti.
No outro vi teus olhos estremecer,
E hoje choro por ti.
Era linda a cidade,
Colorida por teu canto.
Atualmente à essa hora,
Só se escuta o meu pranto.
A tua cama que era quente,
Eu nunca mais visitei.
Só me lembro assim, da gente,
E do rosto gelado que eu beijei.

horrível esse aqui

Eu inventei um relógio
Em que as horas passavam devagar.
Então eu morri com vinte anos.
É triste tentar adiar o tempo,
Em vez de viver bem um segundo rápido.
As folhas tentam se agarrar nas árvores
Enquanto os galhos querem mandá-las embora.

Como é difícil aceitar o que nasce com a gente,
O que é nosso!

Ignorar nossos defeitos é mais fácil
Do que tentar transformá-los.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Como querer desesperadamente que alguém fique com você, se nem você mesmo se aguenta sozinho?
Até que ponto as semelhanças seguram um fio de amor?
Admiração é metade do amor.
Os outros cinquenta por cento
estão em não saber explicar
porque se ama o outro.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sabe o que é doloroso? Lembrar da vontade, engoli-la e senti-la como sal de fruta borbulhando no estômago.