terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Um poema é a foto de uma parte do mundo que não está escancarada.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Ovelha

Não sei se vem de todo o leite que ela toma,
ou de todos os livros que ela lê!
Só sei que toda essa força,
como eu queria ter!
É tão branca como a neve,
e fofa como uma ovelha!
Mas é tão, tão amada
por essa irmã e sua orelha!

Quadro

Eu arrastei
As nuvens pesadas.
Como se arredasse
Um sofá para limpar
A sala.

Eu vi um céu azul
Feito um quadro nu
Para desenhar
Todo um contexto.

Eu criei uma história.
Juntei fatos absurdos,
Com ocasiões incertas,
E diálogos tortos.

Mesmo assim,
Montei todo um quebra cabeça.
Uma paisagem,
Um pôster.

Fiz sol nascer.
Fiz chuva ir!
Mantive quem eu queria
Bem aqui.

Quis tirar foto.
Manter guardado.
Deixar a prova
De um dia perfeito.

Bati com cores,
Todas vivas.
O flash brilhou.
Olhei a foto,
Bem colorida.

Só que depois...
Depois toda essa vida.
Controlada,
Perfeita e construída.
Embranqueceu.

Se tornou,
Sem demora,
Um retrato preto e branco.
Cheio de nuvens,
Que não dá mais pra arrastar.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Ai que bonito!

Dorme pra mim.
Me tranquiliza.
Dorme pra eu poder.

Saber.
Que o meu canto é doce
Pra ti.

Que o céu
Já vai sorrir.
Quando te ver.

Dorme.
Pra eu te acordar.
Amanhã.

Com teu sorriso
No meu rosto.
Eu vou.

Pedir pra te
Levantar.
Preparei o café.

Com doce,
Salgado
E nós.

Trocar o nome do blog?

Por que Escrevendo na Chuva?
Bom, eu já li o livro Caminhando na Chuva do Charles Kiefer sim, e não é uma imitação!
A verdade é que a ideia surgiu quando eu queria dar uma personalidade ao meu blog, que estivesse relacionada com o conteúdo ou o propósito dele. Não queria continuar tendo um blog com o meu nome, por exemplo.
Aí então, eu só coloquei no nome, o que eu já sabia: eu tinha uma vontade enorme de escrever na chuva. Isso porque eu me sinto super alterada quando chove, e antigamente (uns quatro anos atrás) eu escrevia apenas quando eu estava alterada (o que na maioria das vezes é o que começa a despertar a vontade de escrever, em qualquer pessoa).
Atualmente, eu já tenho um controle maior sobre a minha escrita (o que é ótimo, pelo menos do meu ponto de vista). No entanto, ainda tenho uns deslizes (graças à Deus, porque Deus me livre esse ser o meu auge!). Bom, o que eu queria dizer é que já passou do momento em que eu escrevia na chuva, hoje em dia já não é mais o clima que define se eu vou escrever e se vai ser bom ou não. O que define é a minha inspiração (aquelas ótimas que vem de vez em quando e não dá pra segurar) ou a minha insistência mesmo.
Era isso... E sim, estou pensando em trocar o nome do blog!
O que vocês acham?

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Rir de si mesmo te dá um crédito enorme pra rir dos outros.

Nenhum nome

Era tão matemática,
Tão exata,
E tão fria.

Partiu seu próprio coração,
Em ângulos exatos,
Como pizza.

E aí então comeu
Pedaço por pedaço.
Para nunca mais sentir nada.

E dentro do estômago,
Às vezes ainda se ouve,
Uma batida bem sonora.

Ela olha,
Não se comove,
Nem chora.

Diz que o gosto é amargo.
Mas mesmo assim, não se compara.
Ao gosto de sofrer.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Sorri sem alegria.
Menti por não estar à vontade.
Quase pedi para sentir dor.

Colhi uma planta ou outra,
Botei num vaso,
Mas elas não se regam sozinhas.

Curti a morte,
Que nem me tinha.
Mas esqueci de marcar meu velório.

Larguei de tudo,
Sem nenhuma mágoa.
Eu simplesmente não senti nada.

Quis colocar tudo e todos fora.
Mas para a minha surpresa
Até fazer lixo cansa.

Aí então agora escrevo,
Mas tudo no meu pensamento,
Porque papel e caneta pesam demais.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Convulsão

A vista, quando se transforma,
em um arco-íris de cores,
um tanto quanto agressivas!
É sinal de que devo sentar,
talvez pensar
um pouco na vida!
E se isso não der certo,
e se todos ao redor se desesperam!
É engraçado não ver como fiquei,
só saber do que disseram!
E como é mais fácil,
não se lembrar
do que nem vi para esquecer!
E rir, agora, com os outros,
quando todos acharam que eu iria morrer.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Ter a intenção de escrever é correr o risco de escrever mal ou não escrever nada. Boa noite, obrigada.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Não quero nomear este

A água
que como correnteza
perde a forma de pureza.
Levar o que é sujo,
consigo sem querer.

E quando eu arrasto gente
que eu não tenho nem certeza,
se quero ou não pra mim.
Me sinto como a água,
que ao correr pela rua,
leva, às vezes, algo ruim.

Rodei, rodei,
não disse nada.
Como folha na calçada,
que se arrasta e faz
barulho, toda amassada.

Com a imprecisão de depender do vento,
termino eu, este poema,
no relento.
Porque como, como é triste,
não ter controle de mim!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Arriscados

Ótimo pressentimento têm os suicidas,
se a morte for realmente melhor do que a vida.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Eu não gosto de escrever poemas temáticos. Talvez eu escreva sobre o ano novo na Páscoa.